Técnica de Tratamento (DRY NEEDLING)
Estudos sugerem que o dry needling auxilia no controle da dor, reduz a tensão muscular, normaliza a disfunção bioquímica e elétrica de placas motoras, facilitando um retorno acelerado e reabilitação ativa.
A origem do termo “dry needling”, também conhecido como “agulhamento seco” ou “agulhamento a seco”, é atribuída a Travell, Simons e Simons (2005). Em seu livro, “Myofascial Pain and Dysfunction: Trigger Point Manual” (2005), Travell, Simons e Simons usam o termo “dry needling” para diferenciar entre duas técnicas de agulhas hipodérmicas ao realizar a terapia com ponto gatilho. No entanto, Travell não descreveu os detalhes sobre as técnicas de agulhamento seco.
Com base em um documento publicado pela American Physical Therapy Association, o dry needling é uma técnica caracterizada pela inserção de uma agulha filamentar sólida, sem medicação, através da pele, para tratar várias disfunções, incluindo – mas não se limitando – a dor miofascial, o recrutamento muscular, o controle da dor musculoesquelética em geral, regeneração e recuperação de tecidos lesados e até mesmo quadros álgicos articulares.
Um ponto de gatilho é definido como uma faixa tensa da região músculoesquelética localizada dentro de um grupo muscular maior. Os pontos- gatilhos podem ser sensíveis ao toque e podem referir dor em partes distantes do corpo. Fisioterapeutas utilizam o dry needling com o objetivo de liberar/inativar os pontos-gatilhos e diminuir a dor musculoesquelética, neuropática e articular.
No caso da fisioterapia, o COFFITO (Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional), por meio do Acórdão nº 481, considerou o fisioterapeuta apto à utilização de dry needling. Para o colegiado do Conselho Federal, a técnica pode ser considerada como um segmento das áreas da Fisioterapia Manual, Musculoesquelética e Manipulativa e, portanto, de interesse dos profissionais.
O uso de uma agulha hipodérmica para o dry needling foi descrito por Hong (1994) em seu trabalho de pesquisa sobre “Injeção de lidocaína versus dry needling em ponto-gatilho miofascial”. Em sua pesquisa, ele descreve o procedimento de dry needling em ponto-gatilho usando uma agulha hipodérmica de calibre 27 de 1/4 de comprimento (Hong CZ, 1994). Tanto Travell, Simons e Simons (2005) quanto Hong (1994) usaram agulhas hipodérmicas para o dry needlking, não utilizando agulhas de acupuntura durante a realização da técnica.
Originalmente, o dry needling utilizava apenas agulhas hipodérmicas devido à preocupação de que as agulhas sólidas não tinham a força ou o feedback tátil que as agulhas hipodérmicas proporcionavam e que a agulha poderia ser desviada por “nós de contração densa”. Entretanto, essas preocupações provaram ser infundadas e muitos profissionais de saúde que realizam dry needling descobriram que as agulhas de acupuntura fornecem melhor feedback tátil, penetram melhor em “nódulos musculares densos”, são mais fáceis de gerenciar e causam menos desconforto para os pacientes. Por essa razão, tanto o uso de agulhas hipodérmicas quanto o uso de agulhas de acupuntura são agora aceitos na prática de dry needling.
Consulte seu fisioterapeuta para uma avaliação.